Passando Barra de Santo Antônio, 50 km ao norte de Maceió, a estrada costeira de Alagoas desvia um pouquinho para o interior, poupando uma faixa de mais de 50 km de costa do tráfego intenso e do turismo predatório. A estradinha secundária que serve a região acabou conhecida como Rota Ecológica, e parece ser o destino da vez no Nordeste. Por isso, se você quer aproveitar o finzinho do verão para visitar uma praia paradisíaca sem sair do Brasil, nós recomendamos fortemente que você escolha uma das da região. Hoje, vamos falar um pouquinho de algumas delas. Aí, é só você escolher a sua preferida e reservar a passagem Rio-Maceió e o transfer até a região!

A primeira praia da Rota é a Praia dos Morros. É a praia mais diferente da região, a única praia com ondas (a ponto de ser freqüentada por surfistas!) e também com falésias, no canto direito. É preciso deixar o carro no estacionamento do bar à beira-mar em Barra de Camaragibe. Desça para a areia e siga pela direita por cinco minutos, que você vai encontrar o barqueiro que faz a travessia. Custa R$ 4 ida e volta por pessoa. Uma vez na Praia dos Morros, se você quiser caminhar até a ponta onde estão as falésias, levará 40 minutos para ir, outros 40 para voltar. Leve água e alimentos; não há nada à venda na praia.

A próxima entrada para o mar é na Praia do Marceneiro, ainda em Barra de Camaragibe, que tem acesso de paralelepípedos. A orla é ocupada por casas; o mar é gostoso, com alguma ondulação na maré alta. Um vendedor de cerveja, refrigerante e salgadinhos está sempre na rua de acesso.

O vilarejo de São Miguel dos Milagres também tem a sua entrada para a praia; é um trecho muito bonito para quem vem a pé pela areia (são 25 minutos desde a praia do Toque), mas não muito agradável para quem precisa ficar por lá, já que é ponto de excursões regionais e pode haver também som de carros. No domingo fica especialmente cheio e barulhento.

A Praia do Toque não tem nenhum acesso para carros até a areia (os caminhos param nos fundos das pousadas), e por isso se mantém bastante reservada, mesmo havendo quatro pousadas e alguns sítios nesse trecho. O Toque é um pólo de ótimos restaurantes: as pousadas do Toque, do Caju e Amendoeira atendem não-hóspedes mediante reserva antecipada por telefone (o Caju não recebe crianças, e o Toque só recebe crianças no almoço). Fora das pousadas, o ótimo restaurante No Quintal, escondido entre a praia e a estradinha, tem feito bastante sucesso desde que abriu, em 2011 (funciona de 3a. a domingo das 13h às 21h).

A Praia do Patacho é a última antes do rio Manguaba. Extensa, está cada vez mais ocupada por casas. Só há bares na areia num trecho muvucadinho próximo ao centro de Porto de Pedras, já quase à beira-rio. Para quem não está hospedado na praia, o bacana é a estradinha que corta o coqueiral, com vista para o mar. Querendo pegar praia, é só estacionar no coqueiral. (Preciso avisar, porém, que a estradinha tem dois dois trechos de areião que dão um certo medo.) O caminho termina já no centrinho de Porto de Pedras, que também tem alguns casarões centenários (e um complexo de quadras de tênis de saibro mandadas construir por um prefeito do clã Farias…). Na cidade, o restaurante mais recomendado é a Peixada da Marinete.